Hoje lembrei-me de ti. Não o costumo fazer com muita frequência, confesso. Lembrei-me que já se passaram mais de 12 meses desde a nossa última conversa. Sabes que para mim falar e conversar nunca significaram o mesmo. Tu sabes, porque tu conhecias-me. E eu a ti. Como ninguém, não era? Sempre foi. Nunca fomos demasiado próximas, mas sempre estávamos lá quando era preciso. Confesso que sinto saudades. De tudo. Lembro-me perfeitamente que foi no momento em que te dava mais valor que foste embora. Que eu deixei que fosses, talvez.
Eu sei que sentes saudades também. Sei que fui eu que não deixei que acontecesse uma reaproximação. Talvez o motivo tenha sido aquilo que tu sempre dizias: escondes-te de tudo e todos.
Sinto que ao falar para ti perco a coerência, apenas formo frases soltas e várias ideias ficam apenas no ar. Aposto que se ainda falássemos me dirias que isto era por não dormir o suficiente e me mandavas para a cama. Porque eu sempre dormi pouco e tu sempre reclamaste disso.
No fundo apenas te quero dizer que, apesar de os pedaços ligados das nossas almas serem feitos de saudade, não sei se algum dia voltarei a querer pegar na nossa corda rompida e uni-la com um nó. Desculpa-me e cuida de ti, por favor.

2 comentários:

  1. E porque não voltar a pegar na corda rompida e uni-la com um nó? Já pensaste seriamente nisso? Saudades significa que essa pessoa ainda tem valor para ti, não só ela como tudo o que viveram, porquê manterem-se afastadas se o que vocês tinham vos fazia bem? :)

    (Gosto do teu espacinho, queria seguir-te mas não estou a conseguir, mas eu depois tento mais tarde!)

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